Antonio Marques/Assessoria
A direção da Facibra, representada pela vice-diretora, Sandra Correa Rodrigues, fez uma explanação da situação da faculdade que corre sérios riscos de perder o terreno e prédios que deverão ser devolvidos ao município. O Poder Executivo enviou para a Câmara de Vereadores o projeto 019/2014 que pede a devolução do terreno para o município sob a alegação de que os antigos donos da Facibra descumpriram o acordo original, firmado durante a doação ocorrida a quase dez anos.
Na primeira votação ficou decidido pela devolução, mas uma segunda e definitiva votação deverá ocorrer em até 30 dias. Diversos municípios, entre eles, Tomazina, já mostraram interesse em ceder um local para a instalação da faculdade.
O professor Paulo Leonar, representando seus colegas, também falou da importância da instituição para o município. Segundo ele, a Facibra é um dos grandes orgulhos de Wenceslau Braz e que não faz sentido o município abrir mão de uma grande conquista como essa. “Qualquer político em sã consciência não gostaria que a faculdade de sua cidade fosse transferida para outra localidade. Isso não tem lógica”, disse o professor Paulo Leonar.
Leonar disse ainda que está do lado da direção, dos colegas professores e principalmente dos alunos pela permanência da Facibra em Wenceslau Braz. “Essa luta também é nossa. Não é justo que Wenceslau Braz perca a Facibra, pois ter uma faculdade em nossa cidade foi um sonho acalentado por muitos anos e que acabou tornando-se realidade. Agora querem tirar essa conquista de nossa gente”, disse ele.
Falta de apoio
De acordo com com a vice-diretora Sandra Correa Rodrigues, é estranho o Poder Executivo alegar ser irregular a doação, já que quando foi aprovada, o atual prefeito era um dos vereadores, inclusive presidindo o Legislativo. “Hoje dizem ser irregular a doação do terreno, mas na época os vereadores aprovaram, inclusive o atual prefeito que na época era presidente da Câmara”, disse a vice-diretora.
Ela comentou com os alunos e professores presentes à reunião que um dos acordos entre município e faculdade era a criação de quatro novos cursos em dez anos, não apenas dois. “Os novos cursos faziam parte do acordo e dentro do possível isso está sendo cumprindo”, disse ela.
Sandra Correa ainda disse que os novos proprietários estão desanimados com a situação, pois compraram a Facibra com a melhor das intenções. “Quem comprou a faculdade, comprou de boa fé, mas quem vendeu usou de má fé”, afirmou a vice-diretora.
Ela convidou os vereadores para conhecer o trabalho da faculdade, antes de votarem o projeto, mas apenas dois aceitaram seu convite. “Entregamos um ofício na Câmara de Vereadores do município convidando todos os vereadores a conhecerem a Faculdade Facibra , seus projetos e suas instalações, mas infelizmente somente dois vereadores mostraram interesse e foram nos visitar - vereadores Jorginho Sabater e Robson Vilela. Agradeço o interesse em conhecer a realidade para votarem no projeto de lei com conhecimento de causa. Aos demais , resta-nos lamentar pelo descaso com a Faculdade FACIBRA mostrando -se insensíveis com a comunidade acadêmica”, finalizou a vice-diretora.