-Agência Criativa-
No passado o município de Wenceslau Brás foi um grande produtor de abacaxi, mas por falta de investimentos e incentivos, esta cultura perdeu força. Buscando resgatar esta tradição, os produtores da agricultura familiar estão recebendo total apoio da Administração Municipal, através da Secretaria de Agricultura. Palestras, intercâmbio, assistência técnica são algumas das ações que a prefeitura está ofertando, para que possa consolidar este trabalho.
A produtora Ana Olik Brecailo, é o exemplo, ela acredita que esta ação pode dar certo e aposta neste novo recomeço. “Acredito que tem tudo para dar certo, perdemos o hábito do cultivo, mas podemos recuperar nossa tradição”. Ela explica porque acredita que o abacaxi pode ser uma boa alternativa para a diversificação, “é uma cultura que não ocupa muito espaço, o seu custo de produção é baixo, e não vou ter dificuldades na hora da comercialização”.
Ela se diz satisfeita com o atual prefeito Atahyde Ferreira dos Santos Júnior, e diz por quê. “O prefeito Taidinho está preocupado em ajudar os pequenos produtores. Temos recebido muito apoio do secretário Roberto”, para ela, esta iniciativa é mais uma forma que a Administração Municipal encontrou para fomentar a cadeia produtiva no município.
Com este trabalho que está sendo desenvolvido o município vai disponibilizar mais uma fonte de renda para os agricultores que se enquadram na agricultura familiar. “Temos hoje no município produtores de leite, alguns também trabalham com o maracujá, ou seja, queremos diversificar as fontes de renda dos nossos produtores”, argumenta o secretário de Agricultura, Roberto Rodack. O abacaxi precisa de uma pequena área para plantio, e os ganhos proporcionalmente são consideráveis.
“Não queremos que nossos produtores percam suas propriedades, pelo contrário, estamos dando condições para que ele possa juntamente com a sua família permanecer no campo e assim, combatemos o êxodo rural. Temos casos de propriedade que foram passadas de pai para filho”, justifica Roberto.
No caso do cultivo de abacaxi, a prefeitura irá dar todo o suporte necessário, desde o plantio até a colheita. “Vamos ajudar sempre, caso seja preciso, vamos atrás de técnicos em outras cidades. O produtor não ficará na mão”, pontua o secretário. Espera-se que nesta primeira fase o lucro chega aos R$ 60 mil bruto, sendo que os gastos devem girar em torno de R$ 35 mil. Lembrando que este valor é válido para cada alqueire de abacaxi cultivado.
“Esta rentabilidade é para dois anos, pois, você planta o abacaxi agora e dentro de um ano e meio realiza a colheita”, explica Roberto. A comercialização será feita de duas maneiras, “podemos fazer cargas fechadas, selecionando as melhores frutas e entregar diretamente no CEASA. No caso dos abacaxis menores, podemos vender para as indústrias de polpa da região”.
Ao todo 20 produtores já demonstraram interesse em plantar. Neste primeiro momento será uma fase de aprendizado, portanto cinco produtores devem cultivar as mudas adquiridas. “Vamos adquirir 30 mil mudas, essas plantas serão divididos para as áreas experimentais. Estamos reiniciando este atividade, por este motivo, primeiro vamos criar este hábito, para depois expandir”, finaliza Rodack.