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| Presidente do Paraguai, Santiago Pena, ex presidente do Legislativo Ariozil Ferreira, presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva |
Com a presença de chefes de Estado, a fronteira celebra a entrega da Ponte da Integração Governador Jaime Lerner e debate o futuro do bloco econômico em meio ao cenário global.
Da Redação
Foz do Iguaçu vive um sábado (20) de protagonismo internacional. A cidade, que já respira integração por natureza, sedia hoje a LXVII Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. O encontro, que marca o encerramento da presidência pro tempore do Brasil, reúne lideranças para discutir avanços comerciais e a tão esperada costura final do acordo com a União Europeia.
Mas o movimento começou cedo para o presidente da República. Em solo iguaçuense desde ontem, ele cumpriu uma agenda que mistura simbolismo e infraestrutura pesada.
A "Gigante" Jaime Lerner é entregue
Na tarde de sexta-feira (19), o presidente inaugurou oficialmente a Ponte da Integração Prefeito Jaime Lerner, que liga Foz do Iguaçu à cidade paraguaia de Presidente Franco.
Com 760 metros de comprimento e o maior vão livre da América Latina (470 metros), a estrutura é mais do que concreto: é o novo pulmão logístico do continente.
"Enquanto uns constroem muros, nós construímos pontes", afirmou o presidente durante o ato, destacando que a nova via irá desafogar a Ponte da Amizade e impulsionar o comércio bilateral que já movimenta bilhões de dólares anualmente.
A denominação da ponte é uma homenagem ao arquiteto e ex-governador paranaense Jaime Lerner, ícone do urbanismo mundial, falecido em 2021.
Diplomacia sob as águas
Após a formalidade da ponte, o clima foi de união e contemplação. O presidente e as demais lideranças do Mercosul e estados associados visitaram o Parque Nacional do Iguaçu. Diante da imponência das Cataratas, o registro oficial da cúpula selou o compromisso de cooperação regional.
A foto oficial, com o Patrimônio Natural da Humanidade ao fundo, simboliza a força da região.
O Blog acompanhou de perto esse momento que coloca nossa "esquina do mundo" no centro das decisões que impactarão a economia e a circulação de pessoas pelos próximos anos.
O que esperar da Cúpula hoje:
- Acordo Mercosul-UE: Discussões sobre as últimas resistências europeias.
- Segurança na Fronteira: Reforço no combate ao crime organizado transnacional.
- Infraestrutura: Consolidação do Corredor Bioceânico, ligando o Atlântico ao Pacífico.
Foz do Iguaçu hoje não é apenas o destino do mundo, é onde o futuro da América Latina está sendo escrito.
O que ficou decidido: Acordos e Desafios da Cúpula
A LXVII Cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu não foi apenas de celebração, mas de intensas negociações. Confira os pontos centrais:
- Acordo Mercosul-União Europeia: Apesar do otimismo brasileiro, a assinatura final foi adiada para janeiro de 2026. O presidente Lula reforçou que o bloco sul-americano está 100% pronto, mas resistências internas na Europa (lideradas por França e Itália) impediram o fechamento hoje.
- Combate ao Crime Organizado: Foi assinado um protocolo de cooperação intensificada para segurança nas fronteiras, com foco em inteligência compartilhada.
- Direitos Digitais: O bloco aprovou diretrizes comuns para a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital.
- Livre Comércio de Açúcar e Automóveis: Avançaram as conversas para incluir definitivamente esses setores nas regras de livre comércio do bloco, algo que historicamente ficava de fora.


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