Ontem a manchete do Jornal Tribuna do Vale da cidade de Jacarezinho, foi a condenação que tirou o ex-prefeito Taidinho do jogo politico deste ano.
Veja a matéria na integra:
Condenado pela justiça, Taidinho está inelegível
Ex-prefeito de Wenceslau Braz perdeu os diretos políticos até 2022 por improbidade administrativa
O ex-prefeito de Wenceslau Braz, Atahyde Ferreira dos Santos, o Taidinho, que administrou o município por dois mandatos entre os anos de 2009 a 2016, está com seus diretos políticos cassado até o ano de 2022 em razão de sentença condenatória proferida pela justiça da comarca local, que o condenou em 17 de Agosto do ano passado por improbidade administrativa.
Por conta desta condenação de primeira instância Taidinho está impedido de concorrer nas eleições de 3 de outubro, situação que pode agravar-se com a confirmação da sentença em julgamento de recurso marcado para o próximo dia 18, no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).
Caso não consiga reverter a condenação, o ex-prefeito, que se apresenta como pré-candidato ao mesmo cargo, ficará de fora de disputas eleitorais até 2022, quando acaba a condenação de três anos de cassação dos direitos políticos.
Condenação
O motivo da condenação, assinada pelo juiz de direito da comarca de Wenceslau Braz, Élberti Mattos Bernardineli, é a contratação de um servidor que não atuou efetivamente na prefeitura do município durante o tempo do contrato com a prefeitura.
Segundo o processo a contratação considerada ilegal pela justiça foi de Marcos Aparecido Ganzela, nomeado para o cargo em comissão de diretor de Departamento e Controle Administrativo da prefeitura de Wenceslau Braz, mas cedido à regional da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social durante o período de aproximadamente um ano e meio onde teve este cargo junto ao município.
O despacho aponta que a contratação “(…) atenta contra o princípio vetor da Administração Pública, o da legalidade, encontrando uma saída ilícita para a disponibilização de servidores em favor do Estado do Paraná, que necessitava de mão-de-obra e não poderia realizar nomeações, tampouco a abertura de concurso público, cedendo assim “servidores comissionados” para a prestação de serviços em favor da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Regional de Jacarezinho/PR. Desvirtuaram, assim, a nomeação de funções comissionadas, na clara tentativa de “prestar um favor” ao Estado do Paraná (…)”.
MAIS PROBLEMAS
Este, porém, não é único problema na justiça enfrentado pelo ex-prefeito de Wenceslau Braz, que também foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) pela contratação de quase 300 funcionários de forma direta, conhecidos como funcionários “recibados”, contratados pelo município sem concurso público ou cargo em comissão, recebendo salários através da emissão de recibos sem estar na folha de pagamento do município.
Segundo a denúncia oferecida pelo MP e assinada pelo promotor Joel Carlos Beffa, Taidinho manteve esta prática durante os oito anos de seus dois mandatos como prefeito, o que, segundo a promotoria, caracteriza atos de improbidade administrativa e pode culminar com a suspensão dos direitos políticos do ex-prefeito.
Outro processo que Taidinho está envolvido diz respeito ao escândalo da Amunorpi (Associação dos Municípios do Norte Pioneiro), onde o político também é um dos réus.
Para completar, o ex-prefeito também enfrentou no segundo semestre do ano passado o decreto pela justiça da indisponibilidade de bens por supostas irregularidades na realização de um evento de cunho cultural no ano de 2009, que custou R$ 100 mil aos cofres do município na época.
A justiça aponta erros na contratação e no pagamento da empresa JCR Eventos Artísticos, que também teve a mesma pena. A empresa foi a responsável pela realização do evento lª Feira Cultural de Integração entre os Povos, realizada de 26 a 29 de novembro de 2009. Com os juros e correção monetária, o valor atual da ação é de mais de R$ 229 mil.
Procurado para comentar as informações envolvendo sua atuação como prefeito da cidade Taidinho não foi encontrado. A reportagem tentou contato através de algumas pessoas ligadas ao político, mas todas elas não sabiam ou não quiseram fornecer números de telefones para contato.